Objetivo


sexta-feira, 23 de março de 2018

JULGAMENTO VERGONHOSO DO SUPREMO

A formalidade e o juridiquês incompreensível para a maioria da população camuflam  decisões do
STF que fortalecem a impunidade.
Assisti o julgamento da admissibilidade do habeas corpus impetrado pela defesa do Lula no STF visando  empurrar com a barriga a sua prisão. Já condenado em segunda instância pelo TRF-4 por unanimidade, quando a pena dada pelo juiz Sérgio Moro de 9,5 foi aumentada para 12,1 anos em regime fechado. Os muitos e caríssimos advogados de defesa do condenado já entraram com dezenas  de recursos em vários tribunais sendo quase todos recusados por falta de sustentação legal.
Falando no STF, ontem, o advogado José Roberto Batocchio discorreu mais sobre o sistema penitenciário brasileiro,que segundo ele estaria saturado por causa desta disposição dos tribunais em condenar e aprisionar. Ora, se foi condenado tem forçosamente que ser aprisionado, como é o caso do cliente que ora ele defende. E, salientando ainda que se tratava de um ex-presidente ,como se ex-presidente tivesse  imunidade e não pudesse ser preso.
Já a Procuradora Geral da República Raquel Dodge  deu parecer contrário a admissibilidade do  habeas corpus e disse que "ainda que essa decisão já tenha sido sucedida por outra do colegiado , o fato é que este habeas corpus dirige-se contra aquela liminar. E este é o título jurídico que está posto para exame desta Corte." Disse ainda que a prisão em segunda instância é fundamental no combate à impunidade. Ela acompanhou o relatório do ministro Edson Fachin.
Se estes ministros do Supremo decidirem em ajudar definitivamente o Lula vai ser criada uma onda, e os advogados de muitos presos vão também requerer a soltura de seus clientes, e com isto provocará o enfraquecimento da Lava-Jato e o fortalecimento da impunidade. Muitos ficarão livres porque vão impetrar tantos recursos que são crimes vão prescrever. O habeas corpus vai ser julgado no próximo dia 4 de abril.

                                                                                         ENOJADO
O advogado Batocchio conseguiu uma liminar de boca
estranhamente aceita por sete dos onze ministros. .

Confesso que ontem, à tarde,assistindo os votos de Alexandre de Morais, Gilmar Mendes, Dias Tófolli, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio Collor , e até do decano Celso de Mello me deu uma sensação de revolta e nojo desta gente, que pra justificar um cambalacho ficam pronunciando palavras desnecessárias de um juridiquês incompreensível pela maioria da população pra encher linguiça. O objetivo é livrar o Lula da cadeia
Um tribunal comprometido, que não pode continuar desta forma , tomando decisões políticas ao invés de julgar. Senão vamos transformar o Brasil numa Bolívia onde o Evo Morales  faz o que quer ou na Venezuela do ditador Maduro, que é quem julga. 
Estes ministros citados chegaram ao extremo de conceder uma liminar de boca, para evitar a prisão do condenado por corrupção, caso o recurso no TRF-4 seja negado. Na hora do julgamento não se contiveram e teceram rasgados  elogios à defesa, citaram até um entendimento de Sepúlveda Pertence, que é da bancada de defesa. Só faltaram  perguntar ao advogado Batocchio o que ele queria.
Parece que tudo já estaria combinado. Basta observar que o Celso de Mello leu o seu voto da liminar de boca ,portanto , presume-se que  já sabia que aquilo poderia acontecer. 
Tudo indica que teria sido um teatro montado para enganar os bestas. Deu a entender para os que assistiram a votação que foi naquelas "visitas" aos gabinetes desses ministros que os advogados de defesa fizeram ,e que por duas vezes foram conduzidos, juntamente com alguns petistas, por Dias Tófolli e Ricardo Lewandowski que a peça poderia ter sido  esquematizada.
O que nos resta, se temos uma Justiça a favor da impunidade?




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