Objetivo


segunda-feira, 15 de junho de 2015

JUIZADOS ESPECIAIS NÃO FAZEM JUSTIÇA

Processo que já mudou de número e domicílio agora está no Imbui

Os chamados Juizados de Pequenas Causas ou Especiais não estão mais cumprindo as suas funções pra que foram criados em todo o país.
 Estão completamente esgotados e empanturrados de processos que não andam . As prateleiras guardam milhares de processos empoeirados e esquecidos.
O objetivo de distribuir rapidamente a Justiça está abandonado.Mais uma iniciativa da Justiça tragada pela má gestão, falta de recursos humanos e financeiros.
Vou exemplificar: Um cidadão deu entrada num processo no 2º Juizado Civil de Defesa do Consumidor - de Brotas ,em Salvador,em julho de 2011, portanto, já somam 1.392 dias de tramitação, pois estamos no dia 15 de junho de 2015. Está caminhando para comemorar seu quarto aniversário. A entrada foi em julho mas, o distribuidor recebeu no dia 19 de agosto de 2011 . Está concluso e parado desde o dia 30 de maio de 2014. Olhe , que o autor da ação é maior de 60 anos, portanto, tem prioridade de acordo com o Estatuto do Idoso.
Porém, nada disto funciona na Justiça. O processo até já mudou de número e de domicílio. Consultando  o Portal do Tribunal de Justiça vemos que ele tinha este número inicial 032.2011.101.522-1 e, hoje, o número que vale é o 0170655-07.2011.8.05.0001. Ficava no prédio do juizado que funcionava no Pau Miudo e, agora, está na Av. Paralela,onde antes funcionava o depósito de distribuição da Farmácia Santana.
Observei que a sentença foi prolatada em 3 de junho de 2013 e, o juiz esqueceu de uma parte dos recursos que o autor tem direito, já que foi obrigado a fazer um depósito para cobrir  uma dívida que não existia, portanto ,era irregular.
O advogado entrou com um recurso exigindo a inclusão deste valor e o processo parou.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

BARRACA DO VAVÁ E O CARNAVAL


Esta foto tirei em 1982 e dá uma ideia da
simplicidade do carnaval na Praça
Castro Alves.Claro, horário
sem trios passando.
O final de semana foi triste porque faleceu o amigo Waldemar José da Costa, o Vavá, como era chamado em seu vasto círculo de amigos e conhecidos.Ele comandou durante algumas décadas uma barraca em frente ao então majestoso prédio, onde funcionava o jornal A Tarde, na praça Castro Alves. Era uma pessoa dócil e junto com sua esposa d. Rosália uma referência e, sua barraca servia de ponto de encontro do pessoal do jornal e seus amigos que se juntavam ao redor para comer um gostoso tira-gosto e tomar uma cervejinha gelada.
Estes encontros ocorriam durante o carnaval. A Praça Castro Alves,naquela época,nas décadas de 70,80 e 90, era um dos principais locais onde o carnaval fervia. Todos os trios e blocos tinham que desfilar por ali com suas fantasias e acordes estridentes. Ao redor da praça muitas barracas de cobertura de lonas de caminhão ,mesinhas nas calçadas  e bancos de madeira bem coloridos. Tudo era improvisado e  a cobertura das barracas vista do alto realmente não era bonita. Porém, verdadeiro e muito mais popular porque não tinham a agressividade de hoje das grandes estruturas de ferro e madeira que invadem passeios e colocam os foliões  em corredores, muitas vezes até inacessíveis. Basta lembrarmos do Campo Grande, Barra e Ondina. Um absurdo dos tempos atuais. O carnaval precisa voltar a ser uma festa do povo e não de uns poucos que podem pagar pelos tais camarotes caríssimos.
Porém, voltando à banca de revista do Vavá, os tempos eram mais simples. As pessoas se confraternizavam e de quando em vez ouvíamos a sua voz e sua risada gostosa quando alguém brincava ou dizia alguma bobagem. Éramos felizes e não sabíamos.  Lá nos encontrávamos Eliezer Varjão, Cristovaldo Rodrigues, Ângela Guimarães, Ângela  Barreto, Sônia Maria, Ana Vieira, Tito Lívio ( falecido) Genésio Ramos ( falecido),  Raimundo Machado, Silva Filho ,  (falecido) Antônio Queirós, Arestides Baptista,Heloísa Sampaio, Jurandira Alves ( Juju),Valmir Palma ( o magro) , Berna Farias,Carlos Santana ( fotógrafo) e muitos outros com menos frequência nessas ocasiões.
Quando o saudoso Arthur Couto criou uma frota de camionetes pra levar o jornal pro interior do Estado, Vavá foi trabalhar dirigindo uma delas e, fazia a rota Salvador-Juazeiro-Salvador. Uma loucura, porque é uma distância considerável. Lembro que um dia a caminhonete capotou e tive que viajar para buscar a equipe de reportagem que estava viajando com Vavá. Estavam na camionete Eliezer Varjão e o fotógrafo Arlindo Félix(falecido).
Vavá foi sepultado no domingo ,às 10 horas,no cemitério do Campo Santo,com grande acompanhamento de parentes e amigos. Muitas autoridades não tiveram tanta gente em seus sepultamentos, como ocorreu no de Vavá. Isto é uma prova inequívoca que ele era querido por todos que o conheciam. 

Procurei alguém que tivesse uma foto da barraca do Vavá mas, infelizmente, não consegui. Se alguém tiver pode mandar que vou postar junto com este texto.