Objetivo


sábado, 5 de maio de 2012

MÚSICA - RAUL SEIXAS VOLTA COM A CORDA TODA

Revista Fatos e Fotos Gente
11 de agosto de 1978
Foto Lázaro Torres
MÚSICA


Raul Seixas passeando em frente ao Farol da Barra, curtindo as férias na Bahia
Desde 1967, Raul Seixas não curtia férias. Para um tranqüilo baiano de Salvador, o sucesso e a necessidade de se tornar, cada vez mais, uma verdadeira máquina “shows”, televisão e teatro acabaram em problema. O cansaço chegou, principalmente, pelas constantes viagens.
Desacostumado com tanta ocupação, o cantor sentiu a necessidade de parar. De dar um tá. Fez as malas e se mandou para a sua Bahia. Rever amigos. Matar saudades. Chegou para ficar um mês, mas foi ficando. Ao todo, quatro. Agora, volta. Com a corda toda. Cheio de gás. Saiam da frente!
Após quatro meses de verdadeira vida rural, Raul Seixas anuncia o lançamento do seu mais recente LP.
Mesmo na fazenda, Raul não abandonou suas músicas e seu violão. Num ambiente muito próprio, entregou-se às serenatas, dividindo as madrugadas com os agregados do sítio onde descansou.
Brincou com vacas, pescou e jogou fora o relógio. Depois que conheceu Tânia Mena Barreto, Raul diz que a sua vida mudou muito. E para melhor. Construíram um relacionamento no qual não existem normas, regras ou obrigações. Apenas amor  e muito amor. E Tânia cuida especialmente de Raul.
Além do disco, Raul Seixas cuida, também, do lançamento de um livro dedicado às crianças: O Verbalóide, “que pode ser facilmente identificado com as crianças do século XX”.
Em janeiro ele seguirá para os Estados Unidos, onde gravará outro disco em Los Angeles.
“Se a gente consome a música deles, por que não fazer o inverso? Aí estão os exemplos de muitos artistas brasileiros que já são tremendamente curtidos pelos americanos. Acho que chegou a minha hora.”
Sobre o seu comportamento, sua maneira de se apresentar, sempre muito discutida, Raul Seixas diz que aproveita ao máximo os momentos certos de dizer as coisas exatas.
“ Quanto às minhas caretas e maluqueiras, só posso dizer que elas não têm origem em nada anormal. Sou eu, mesmo.Tudo bem. Nunca precisei apelar para nada.”









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